Léo Lins, humorista conhecido pelo estilo agressivo e por piadas politicamente incorretas, foi condenado no dia 4 de junho por um tribunal de São Paulo a 8 anos e 3 meses de prisão por discurso de ódio. A sentença se refere a um show de stand-up de 2022, em que ele fez piadas ofensivas contra pessoas negras, indígenas, com deficiência, LGBTQ+, judeus e até com pedofilia. O vídeo da apresentação viralizou no YouTube e acabou removido por ordem judicial.
O caso despertou o interesse de veículos internacionais. O Washington Post destacou que o Brasil está aplicando com mais rigor suas leis contra discursos de ódio. Já o espanhol El País e o argentino Clarín questionaram os limites da liberdade artística e os possíveis precedentes dessa condenação inédita contra um comediante por piadas feitas em um show.
Lins segue em liberdade enquanto recorre da decisão. Sua defesa afirma que a condenação representa uma ameaça à liberdade de expressão e tenta “criminalizar a comédia”. A juíza Bárbara de Lima Iseppi, porém, declarou que liberdade artística não protege conteúdos que incentivam o preconceito.
